WKF LIBERA USO DE VÉUS PARA LUTADORAS MUÇULMANAS
Nos países islâmicos, as mulheres são obrigadas a vestir o hijab, peça de vestuário que oculta todo o corpo, permitindo apenas que o rosto fique à mostra. Essa característica religiosa acaba, por vezes, causando empecilhos para a participação feminina em competições esportivas oficiais. No caso do Karate-dō, no entanto, isso não é mais um problema.
A WKF (World Karate Federation), desde janeiro, liberou o uso de véus por lutadoras muçulmanas em suas competições. Com essa nova medida, a entidade dá mais um passo para tentar a inclusão da modalidade no programa olímpico a partir dos Jogos de 2020. A regra passou a valer desde o primeiro dia de 2013.
"Trabalhamos mais de dois anos na questão dos véus, consultando diversas pessoas em busca da melhor decisão, aquela que trouxesse maior satisfação às famílias karateka ao redor do planeta", ressaltou o presidente da WKF, Antonio Espinós, em comunicado oficial. “Estamos dando um passo histórico rumo à inclusão das mulheres no esporte e, a partir de agora, conseguimos destacar ainda mais o poder de integração do Karate na sociedade atual", completou o presidente.
O véu permitido pela entidade é desenhado especialmente para a prática esportiva, e deve atender às seguintes exigências: (1) cobrir a cabeça e a nuca, deixando apenas o rosto da atleta à mostra, (2) ser confeccionado na cor preta e (3) ter o logo da WKF na frente. Segundo a entidade, a peça não representa riscos à segurança das atletas. "Esse será o único modelo aceito pela Federação e somente com ele será possível competir em torneios organizados pela WKF", ressaltou Antonio Espinós.
Brandel Filho [ブランデル フィリオ]
Editor do site e professor de Karate-dō,
Bate palmas para qualquer iniciativa que integre as diferentes culturas.
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